20 de fevereiro de 2013

Como Criar Tendências

Eu sou do tipo de pessoa que pensa sobre tudo. Às vezes rápido, às vezes devagar, mas sempre penso.

Vez ou outra, penso que vou ficar maluco de tanto pensar. E de repente, encontro a lógica de tudo aquilo em que eu andava pensando. "Sou um gênio", penso eu. E então penso que não construí nada com tantos pensamentos. Depois de tanto pensar, concluo que sou um cara normal que gosta de pensar.

Por exemplo...

Hoje quando me vesti para o trabalho, parei para reparar nas minhas roupas. Já um tanto surradas, talvez até inadequadas para o meu trabalho. Infelizmente, sofro de um mal: tenho muita dificuldade para achar roupas que me agradem. Não porque sou sovina ou algo do tipo. Mas porque não consigo me adequar às "tendências" da moda. 

Tendências... coisa complicada não?! Como prever as tais tendências?!

Ou estou ficando maluco ou acabo de descobrir mais uma forma de controle.

Não consigo mais ouvir rádio. Sempre toca a mesma coisa, a mesma música ruim. Me contaram, na minha terra, que você não ouve a música que você quer. Isso porque existe uma lista prévia de músicas. Se você pede uma que não está na lista, eles sugerem que você peça outra, que consta na lista. Ou seja, eles induzem você.
Também não me sinto muito confortável a assistir TV. A grade de programação de um canal para outro não varia muito. Ou até varia, mas a qualidade se mantem. Baixa. Acabo sendo induzido a assistir qualquer porcaria.

Como criar uma tendência de moda? Me parece simples: eliminando as opções. E assim, mais uma vez, somos induzidos a "gostar" do que nos oferecem.
Chegarei num ponto onde não terei mais condições de vestir minhas roupas. E como não acharei aquelas que me agradem, acabarei por "gostar" de alguma outra coisa. Ou acabarei andando nu por aí.

Talvez eu esteja mesmo ficando maluco...

1 de fevereiro de 2013

Violência: Tem solução?!

Muitas pessoas acreditam que as redes sociais não têm nenhuma outra utilidade que não seja de entretenimento. Cada dia me vejo mais forçado a discordar veementemente destas pessoas.

Pelo simples hábito de leitura, que pessoas como eu, por exemplo, não cultuam e que passam a ter nas redes sociais, já se teria um bom argumento.

Nada a ver com o título, eu sei... Logo verão onde eu quero chegar.
As redes sociais também podem servir como uma fonte de discussões, como a que eu vou abordar hoje neste artigo.

Num desses fóruns de redes sociais, discutia-se o aumento da violência e a questão da segurança pública em um município, cujo nome não quero citar, mas que frequentava muito (e ainda frequento), e tem nome de santo.

Eis que num determinado momento, comecei a considerar sobre as possíveis soluções para uma das mais antigas e complexas questões da sociedade: é possível combater a violência?!

Honestamente, não tenho resposta para essa questão. Tenho opiniões. Muitas delas baseadas no meu não muito vasto conhecimento.

Há quem diga que violência se combate com violência. Os defensores dos direitos humanos discordam. Eu também, até certo ponto. É difícil não concordar com isso quando um canalha incorrigível, depois de ter saído da cadeia, entra na sua casa, aponta uma arma na sua cabeça, faz toda sua família de refém e leva coisas que você deu duro pra conquistar.

Outros acham que a solução não passa por esse caminho. Que a resposta está na criação de novos empregos e de melhores condições de vida e trabalho. Eu concordo, até certo ponto. Como disse antes, há aqueles que são incorrigíveis.

Qual a solução então?!

A meu ver, não tem solução. Não a curto prazo, pelo menos. Nem a longo prazo, se nenhuma atitude for tomada. E quando falo em atitude, não falo de atitude só do governo. Falo de atitude de cada um dos leitores desse blog. E de quem não lê também.
A solução, depende, também, de melhores condições de trabalho, óbvio. Ninguém vai precisar ser assaltante se tiver um trabalho humano, honesto e bem remunerado.
Precisamos reeducar os jovens para que aprendam a resolver seus conflitos no diálogo, como deve ser feito. Ensinar que ceder um pouco de vez enquando não mata ninguém. Assim já eliminaremos a questão cultural.

A curto prazo, primeiro há de se dar a devida liberdade e condições de trabalho para a polícia trabalhar. Não dá pra continuar com isso de a polícia prender e a justiça mandar soltar. E a curto prazo (e sei que muitos defensores dos direitos humanos vão me apedrejar por isso), deveria ser repensada a questão da pena de morte.

Ou alguém com um mínimo de bom senso espera que algum traficante, um assassino de sangue frio, uma pessoa de má índole vai se endireitar com o nosso atual sistema prisional, ou mesmo com penas alternativas?

Se existe tal pessoa que espera por isso, aproveite e espere pelo coelhinho da páscoa, que já deve estar chegando por aí... Direitos humanos são para humanos direitos e este tipo de gente jamais vai se endireitar!


Eu sou um cara, já não tão jovem, que provavelmente deveria estar procurando outras coisas pra fazer que não fossem discutir coisas nas redes sociais ou postar opiniões em blogs. Mas estamos num país livre e eu vou, sim, manifestar minhas opiniões onde e quando eu achar conveniente. E acho que o mundo estaria bem melhor (e menos violento), se as pessoas defendessem suas opiniões com palavras em vez de armas.